quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Muito se fala sobre a "decadência" dos Estados Unidos e sobre a ascensão da China e o ressurgimento da Rússia como potências mundiais ou até mesmo regionais, com aspirações mundiais.

Vejo esquerdistas aplaudindo o "fim da supremacia" norte-americana com uma animação digna dessas rainhas de bateria no carnaval.

Se a tal supremacia americana está no fim ou não, não posso dizer. Mas acredito que se aquela nação se der conta de que esta sua posição está em risco e quiser superar este fato, eles o farão.

Venceram duas guerras mundiais para na Europa, uniram-se nos mais diversos períodos de sua história para superar obstáculos e foram bem sucedidos, detém a supremacia da produção científica e cultural mundial, centros de excelência, um país bem estruturado.

Superando sua dependência energética, estarão prontos para mais algumas décadas de protagonismo no cenário internacional.

A ascensão chinesa é uma boa notícia no que tange a uma saudável nova arrumação de forças no cenário mundial, assim como o ressurgimento de uma Rússia forte. Mas apenas no que diz respeito a um equilíbrio mais equânime de poder militar e até econômico, prevenindo os abusos que até mesmo uma democracia como são os EUA podem cometer.

Agora, aplaudir a ascensão de uma ditadura comunista e o ressurgimento de um país que tem um estranho vício por "governos fortes", associado a um declínio dos Estados Unidos como uma "boa notícia" para o mundo, só pode mesmo ser coisa de petralha.

Queria ver se fosse a China que tivesse invadido o Iraque, se haveriam manifestações em frente da Praça da Paz Celestial, por exemplo, como acontecem às centenas em frente à Casa Branca.

Por mais expansionistas e intervencionistas que possam ser, e em várias ocasiões o são além da medida do aceitável, os Estados Unidos ainda são o lado "suave" desta equação.

As pequenas nações do Cáucaso e o Tibete e Taiwan que o digam.
 
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