O ser humano consegue por diversas vezes ser uma coisa cansativa. Poderia falar sobre uns mil assuntos diferentes que corroborassem com essa afirmação e ainda assim sobrariam mais uns outros mil.

A coisa específica que embasa a minha máxima(sim, minha azar o de quem não concordar) "o ser humano consegue ser uma coisa cansativa" advém destes tempos internéticos.

Tanta coisa para resolver no curto espaço de tempo de um dia contemporâneo. Trabalhos, reuniões, transito, fugir de assaltantes e imaginar maneiras de não ter seu bolso (mais) roubado pelo estado. Lidar com gente chata, complicada, mesquinha, enjoada e todo adjetivo desagradável que possamos imaginar, enfim, tanto por fazer e tão pouco tempo que me deixa abismado saber que tem gente que liga um computador, acessa a internet, loga no "msn messenger", ou seja, gasta alguns preciosos minutos de sua vida para fazer tudo isso e colocar no "status" deste programa que é usado exclusivamente para a interação, ou mais popularmente, para conversa fiada algo assim: ocupado demais, não falem comigo.

Prometi em algum lugar aí atrás que ia explicar a teoria do puxadinho. Todo mundo(será?) sabe que um puxadinho é aquela construção irregular, feita ao arrepio das regras de construção e ocupação e que é geralmente associada à favelas ou restaurantes que invadem as calçadas com suas varandinhas.

Pois é, o que dizer de um país aonde a polícia anda em carros remendados; aonde os locais nobres das cidades costeiras(mais especificamente o Rio de Janeiro) e que em todo o mundo são ocupados por mansões são favelizados e invadidos, dominados por traficantes e com todo tipo de crime e/ou contravenção possível(gatos de água, luz, TV a Cabo, fazendo a classe média, pra variar, pagar a conta); aonde os políticos comportam-se como ladravazes contumazes(até rimou), encenando uma ópera bufa de "serviço à nação" que somente eles acreditam(e talvez nem eles) ; com cidades caóticas, poluídas, feias até no que toca à ocupação de seus espaços pelo homem, com uma das saúdes públicas mais caras(a CPMF está aí para me ajudar nessa afirmação) e ineficientes do mundo e aonde se avança tecnologicamente, socialmente, educacionalmente e mais quantos "mentes" pudermos elencar à média de 10 anos por século?

É ou não é um puxadinho gigante?

E o Renan foi absolvido. Seu filho no dia anterior jogou o automóvel em cima dos repórteres. Garotinho e Rosinha fazem aliança com Cesar Maia pela prefeitura do Rio de Janeiro. Juiza acusada de envolvimento com o tráfico colombiano é promovida e empossada. Senadora do PT pediu votos a favor de Renan. Delegados envolvidos com esquema de extorsão. O carnaval vem aí...

Como não acreditar que esse é o país do futuro?

Temo verdadeiramente pelo futuro do Brasil. Não que acredite nessa balela que somos o "país do futuro" porque essa expressão para mim é mais uma praga do que uma constatação de que um dia por milagre cresceremos. Ela para mim é mais algo como "o país de um futuro que nunca chega".

Mas lendo as comunidades do orkut(ok, a fonte é péssima) pesco pérolas de concordância, português e pior, de organização de idéias que só me fazem acreditar que nada é tão ruim que não possa piorar.

A geração dominante cleptocrata atual dará lugar a uma geração asnocrata que não consegue nem mesmo comunicar-se no próprio idioma de maneira minimamente concatenada.

Conclusão: seremos o país do futuro que nunca chega e ainda por cima governado por idiotas.

Os rozacruzes definem como um lugar perfeito, aonde nosso espírito se eleva ao máximo o "Sanctum Celestial", estava fazendo uma lista de tudo o que haveria nesse meu lugar mas ela é particular demais para postar na internet. Sobrou então a lista de tudo o que não entraria lá, ela é farta, mas lembrei de algumas coisas rapidamente: O casal Garotinho, pagode e axé music, vinhetas de carnaval da globo, novelas, o mundo de Caras, o patriotismo de Copa do Mundo(pra mim a seleção brasileira poderia acabar aliás, eu torço mesmo é para o Palmeiras), a falta de educação do povo carioca como um todo e finalizando, a vergonha que eu sinto ao ver um país sub-desenvolvido, morto de fome, caótico e com cidades que mais parecem gigantescas favelas achar que algum dia terá a chance de sediar uma Olimpíada.

Bem(mal)vindos!

Inicio aqui, despretensiosamente(será?) esse meu diário cotidiano sobre o que vejo, sinto e percebo à minha volta nesse imenso puxadinho chamado Brasil(depois explico a expressão).

Sei que sou diferente. Detesto esse bom-mocismo camarada hipócrita que nos transforma numa nação de madalenas arrependidas. Todo mundo rouba todo mundo, todos citam os 10 mandamentos mas agem de acordo com a lei de Gérson e tudo no final está bem porque afinal, não temos maremoto, nem terremoto e ainda contamos com um carnaval uma vez por ano.

A única pergunta que fica é: comemoramos o que nesses quatro dias sem trabalhar?

Depois de muito tempo pensando e enchendo o saco de todos à minha volta por causa disso e mais um monte de outras coisas, resolvi colocar tudo aqui nesse cantinho esquecido da internet. Não espero que ninguém leia, mas se alguém ler ficarei feliz ao receber xingamentos e ofensas, porque como diz o Diogo Mainardi, tudo que muitos brasileiros concordam ao mesmo tempo só pode estar errado.