sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Quase todo brasileiro que se preze adora uma área VIP.

Pode notar, quase em todo lugar que vamos existe uma área reservada para iniciados, mais conhecidos, mais influentes, mais, mais, mais. Pode ser ali no boteco da esquina, na churrascaria em frente à praia aonde todos lambuzam as solas dos sapatos no chão engordurado de picanha, na Marquês de Sapucaí, no estádio de futebol, festa junina, convescote de final de ano, academia de ginástica, etc, etc.

É quase uma coisa endêmica, e só não o é porque existem os que lêem, se instruem, evoluem e de alguma forma usam isso em benefício próprio, daí abrem mão dessas bobagens.

Até em turminha de colégio logo aparece uma "diretoria" e os "subordinados". Devem fazer distinção até na hora de dividir os biscoitos recheados da merenda. Mas isso saiu do simples terreno das coisas da infância e arrombou as portas de quase todas as idades e gerações.

Todos são vítimas da "Síndrome de Área VIP" que quase todo brasileiro médio sofre. Fazem cercadinho até em churrasco de fundo de quintal, aonde só entram "convidados-convidados", sim, porque no fundo convidados são todos, mas aqueles ali são "mais".

No final das contas quase todo mundo que sofre dessa síndrome quer ter o seu "Camarote da Brahma", igual na Sapucaí.

Todo mundo se esquece que o Brasil, por si só, está de fora de qualquer área VIP do mundo ou talvez saibam e aí esteja a explicação.

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